AS FASES DO LUTO AMOROSO
O fim de um relacionamento
é um assunto bastante abordado em consultórios de terapia e como a pessoa
vivencia esse momento depende de uma serie de fatores. A dor de um fim de um relacionamento
pode ser uma das piores experiências humanas, provocando uma sensação de insegurança
na própria capacidade de amar.
Hoje vamos falar do luto,
da dor de perder a pessoa amada, quando esta decide terminar a relação. Possivelmente, este seja o pior do luto,
morrer na consciência do outro. Vamos a elas.
Negação
No primeiro momento que
uma relação acaba seja iniciada por você ou a outra pessoa, vem uma fase de
negação e aparente coragem. Parece que está tudo bem e você reage bem. Consegue
contar para as outras pessoas que até estranham como você se recuperou bem. Como
está? Estou bem, estou bem, estou bem, estou bem. Quantas vezes mais vai dizer
que está? Nessa fase não adianta falar ou aconselhar, pois é o choque inicial à
nova situação.
Raiva
Passado o choque
inicial surge uma fúria repentina. Essa raiva vem acompanhada da necessidade de
acusar a outra pessoa ou quem quer que tenha surgido como explicação para o
término. Nessa hora a pessoa liga para a outra, exige explicações, joga tudo na
cara. Devolve os presentes, queima os bilhetes e fotos e fala mal da pessoa. Essa
fase é perigosa, pois costuma ser bem nociva para o ex-casal, mas algumas
pessoas se abastecem da raiva para se sentirem fortes. Mal sabem que estão em
cacos!
Barganha
Nessa fase parece que a
mente tenta fazer acordos para ter de volta o relacionamento. Padres, pastores,
pais de santos são consultados oficialmente, quando não as mandingas e
cartomantes. Essa é a fase que você promete mudanças bruscas no comportamento.
Você fica gentil, dócil, amigo (a) e pronto (a) para perdoar a si e ao outro a
fim de que tudo fique bem. Deus costuma ser o consolo ideal nessa fase, pois
aumenta a quantidade de preces feitas para trazer o amor de volta.
Depressão
Depois vem uma fase de
derrota, culpa autoacusações e sentimento de desprezo e apatia por tudo. A
identidade da pessoa vai diluindo drasticamente. Nessa hora as músicas de fossa
ganham destaque. O choro convulsivo aumenta e a vontade de desaparecer é insuportável.
Angústia e medo são amigos nessa fase. Conhecer outra pessoa é um remédio
intragável. Tudo lembra o ex, qualquer lugar, som, cor e cheiro.
Aceitação
Por fim, após reciclar
seus sentimentos começa a nascer um pouco do sol de novo. Aquela sensação de
conforto começa a despontar no horizonte. Os olhos começam a reparar em novas
paisagens e lentamente a vitalidade ressurge. A pessoa começa a posicionar o ex
no lugar que merece. Sem acusação ou culpa, apenas constatação de um término
que não foi culpa de ninguém, mas apenas um espaço que se extinguiu.
Enfim, as fases nem
sempre se dão nessa ordem e cada pessoa sofre uma pequena nuance diferente
delas. Mas esse texto nos dá uma direção e uma pequena luz no fim do túnel. Por
mais dolorosa que seja uma perda, sempre há um momento em que recolhemos os
cacos e seguimos em frente.
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